Falsas denúncias atrapalham serviços vitais à população
30/11/2011 08h18
Michel Aleixo

No Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o problema não é diferente. “Estatisticamente 35% das ligações são trotes”, afirma a assessora de comunicação do serviço, Mirian Machado. Ela conta que felizmente no SAMU, algumas vezes os trotes costumam ser descobertos antes de se mobilizar uma unidade móvel para a residência. “No 192, a primeira parte do atendimento envolve conversar com um médico ainda durante a ligação de socorro, para que ele possa avaliar e diagnosticar corretamente o caso. É quando a pessoa cai em contradição e o trote é descoberto”, conta. “Ainda assim, algumas pessoas inventam histórias falsas tão detalhadas, que nos fazem perder tempo e nos dirigir até endereços que nem existem”.
Samuzinho - Desde 2007, o SAMU visita escolas públicas e particulares apresentando o projeto Samuzinho. A campanha direcionada aos alunos do ensino fundamental (1º ano ao 9º ano), tenta alertá-los dos riscos que os trotes podem causar a toda a população.
Segundo a assessora do serviço de socorro, as ligações de crianças compõem a maioria dos trotes. “É importante frisar que o maior problema do SAMU é a desinformação da população. Muitas pessoas não tem paciência em conversar com o médico enquanto esperam o socorro”, alerta Mirian. A assessora informa, que a ambulância só pode ser encaminhada para atender o chamado, depois que a médico do teleatendimento consiga informações detalhadas da situação. Inclusive, orientando ainda pelo telefone, procedimentos que podem manter a vítima com vida até a chegada do atendimento.
Crime - O trote a serviços de emergência é um crime previsto no Código Penal Brasileiro. A interrupção ou perturbação do serviço telegráfico ou telefônico e a comunicação falsa de crime ou contravenção são consideradas crime pelo código penal.
Da Redação do Alô
http://www.alo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=148644
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